A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões". Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso. Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida". Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades. As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços... Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas. Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre. Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações. Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, Mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua... |
domingo, 16 de janeiro de 2011
AS ESCOLHAS DE UMA VIDA POR MARTHA MEDEIROS
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Feliz Ano Novo!
Há alguns dias, um Ano Novo chegou a esta estação. Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro. Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem. Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir. Procure viver a vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons de paisagem. Desdobre o mapa e planeje roteiros. Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida. E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite. Desembarque nela os seus sonhos... Desejo que a sua viagem pelos dias do próximo ano seja de PRIMEIRA CLASSE. Com carinho Aurora
MAIS VALE DAR DO QUE RECEBER
Na Terra Santa, há dois lagos alimentados pelo mesmo rio: o Rio Jordão. Ficam situados a uns quilômetros de distância um do outro. Mas ambos possuem características bem distintas entre si. Um é o Lago de Genesaré, também conhecido como Mar da Galiléia ou Lago de Tiberíades. O outro é o chamado "Mar Morto". O primeiro é azul, cheio de vida e de contrastes, de calma e de ondas. Nas suas margens, refletem-se delicadamente as flores amarelas dos seus belíssimos prados. O Mar Morto é uma lagoa densa e de água salgada, em que não há vida. A água que vem do rio, ali fica estagnada. Que é que faz destes dois lagos, alimentados pelo mesmo rio, lagos tão diferentes? Simplesmente isto: O Lago de Genesaré transmite generosamente o que recebe. A sua água, quando chega ali, parte de imediato para remediar a seca dos campos. Sacia a sede dos homens e dos animais. É uma água altruísta. A água do Mar Morto estagna-se. Adormece. É salgada. Mata. É uma água egoísta, estagnada, inútil. Com as pessoas, passa-se o mesmo. As que vivem com generosidade a dar-se e a oferecer-se aos outros, essas vivem e fazem viver. As pessoas que, com egoísmo, recebem, guardam e não dão, são como água estagnada, que morre e causa a morte à sua volta. Muitas pessoas parecem-se com o Mar Morto: só recebem, acumulam, não se dão e assim constroem uma vida amarga, desgraçada e infeliz. Há outros, porém,que dão e se oferecem a si mesmos com generosidade e sem esperar recompensa Estes são as pessoas mais felizes do nosso mundo. Quanto mais nos damos, mais recebemos. Quanto menos partilhamos do que é nosso, mais pobres nos tornamos. O que acumula apenas para si, chama desesperadamente pela infelicidade. O que partilha, esse abre a porta à felicidade.
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